Skip to main content

Ilha de Santiago

Quando decidi que Cabo Verde seria o destino das férias, não me quis ficar apenas por uma ilha. Além da ilha do Sal, achei que era uma mais valia visitar Santiago, a maior e a ilha mais africana de todas onde está a capital administrativa do arquipélago.
Nos seus 75km por 35km, Santiago esconde uma paisagem mais verde, com montanhas escarpadas e vales verdejantes com fragmentos de história que nos transportam aos anos do colonialismo.
Aterrámos cedo no Aeroporto Nelson Mandela, aí já nos esperava o transfer para a cidade da Praia, a capital da ilha, para o Hotel Oasis Praiamar. A estrada que hoje faz a ligação da cidade ao aeroporto já foi, em tempos, a própria pista do aeroporto, hoje em dia aumentado.

Na cidade da Praia, uma cidade muito movimentada com o típico trânsito africano, há alguns pontos de interesse como a Cidade Velha, onde não chegámos a ir. A Cidade Velha foi o lugar onde os portugueses chegaram quando descobriram Cabo Verde e que é hoje Património Mundial. O mercado de Sucupira fica na Avenida Cidade de Lisboa e é de visita obrigatória para quem gosta de regatear.
Na cidade da Praia na praça Alexandre Albuquerque existem ainda muitas casas com aspecto colonial que comprovam a existência dos colonos portugueses em tempos que já lá vão.
img_4843
img_4847
img_4848

Ilhéu de Santa Maria, casa em ruínas para onde mandavam os leprosos

Na cidade da Praia pode-se dar um mergulho na Praia de Quebra Canela, Prainha, Mulher Branca ou Gamboa.

img_4849
A volta à ilha era inevitável, nós e um casal angolano passámos um dia numa carrinha com um guia que já tinha estado muitas vezes em Portugal e que nos mostrou tudo o que conseguiu nesta ilha.
O ponto mais alto da ilha de Santiago é o Pico da Antónia e tem1394 metros de altura. Relativamente à vegetação existe em grande quantidade a acácia americana que dá vagens para os animais e madeira para lenha. Cultiva-se bastante milho e feijão, como foi um ano de muita chuva (a chuva vem entre Julho e Outubro), o milho está bom.
As estradas no interior da ilha não são muito movimentadas mas algumas estão em mau estado, há muitas curvas e subidas e descidas, pelo que é preciso cuidado a conduzir pela ilha.
img_4854

Estátua de Amilcar Cabral

img_4863
img_4866
img_4871
img_4874
img_4876
img_4878
img_4879
img_4886
img_4887
img_4889
No sopé da elevação mais alta de Santiago, o Pico da Antónia, fica o Jardim Botânico, o único do arquipélago, onde existem muitas calabaceiras que dão um fruto que faz um bom sumo para o colestrol.
img_4890
img_4891
img_4892
img_4895
img_4896
img_4898
img_4901
img_4902
img_4905
img_4906
img_4907
img_4909
img_4910
Visitámos a cidade da Assomada,onde tivémos oportunidade de ir ao mercado municipal, um mercado de legumes e frutas.
img_4914
img_4915
img_4925
img_4929
img_4931
img_4932
img_4933
Chegámos ao Tarrafal a tempo de mergulhar nas águas daquela praia que ainda é um segredo bem guardado dos turistas.
img_4936
img_4937
img_4945
img_4946
img_4951
img_4953
img_4956
img_4967
img_4968
A cachupa, prato típico feito com milho, feijão, legumes e carnes, fez as delícias do nosso almoço, num pequeno restaurante com vista para a praia.
img_4970
Depois de almoço foi tempo de visitar o antigo Campo de Concentração do Tarrafal, o “Campo da Morte Lenta”, e de nos envergonharmos da nossa história e do que ali fizémos.
O Campo de Concentração do Tarrafal situado em Chão Bom foi criada pelo Governo português no Estado Novo com o intuito de enviar para lá os presos políticos. Em 1936 seguiam para o Campo os primeiros presos políticos que incluiam alguns dos participantes do 18 de Janeiro de 1936 na Marinha Grande e marinheiros da Revolta dos Marinheiros ocorrida a 8 de Setembro de 1936.
Em 1954 o Campo foi encerrado mas voltou a reabrir em 1961 para receber prisioneiros das colónias portuguesas. Entre outras torturas destacavam-se a Frigideira ou a Tortura do Sono e da Fome. Trinta e dois portugueses, dois angolanos, dois guineenses perderam ali a vida. Outros morreram já depois da sua libertação em consequência do que ali passaram.
Hoje em dia está convertido num museu para que nunca nos esqueçamos das atrocidades que ali se cometeram e de quem ali sofreu na pele o regime fascista.
img_4976
img_4977
img_4978
img_4979
img_4981
img_4982
img_4983
img_4984
img_4985
img_4986
img_4990
img_4991
img_4999
img_5002
Esmeraldo da Silva Prates, mais conhecido por Tralheira, foi o médico que chegou ao Tarrafal, segundo ele próprio, não para curar mas sim para assinar certidões de óbito.
img_5003
img_5004
img_5007
img_5008
img_5010
img_5014
img_5015
img_5016
img_5017
img_5020
img_5022
img_5029
img_5030
No caminho de regresso à cidade da Praia passámos por enseadas bonitas, aldeias perdiidas e vimos muitas pessoas a ver o tempo passar sentadas às portas das casas, casas sem janelas, com aspecto inacabado.
img_5033
img_5034
img_5037
img_5038
img_5043
img_5044
img_5052
img_5053
img_5056
img_5058
img_5060
img_5067
img_5069
img_5070
img_5074
img_5075
img_5077
img_5078
Na cidade da Praia há uma grande cruz, a cruz onde o Papa João Paulo II celebrou a missa quando veio a Cabo Verde.
img_5079
img_5084
img_5086

 Hotel Oasis Praiamar

Facebooktwitterredditpinterestlinkedinmail