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Vietname (28 a 30 de Outubro)

Apesar de ter sido uma espécie de visita relâmpago sem grande tempo para conhecer como deve ser, o Vietname deixou-nos o bichinho da curiosidade instalado e ficámos com grande vontade de voltar para conhecer a fundo o Vietname.
O propósito da nossa visita ao Vietname, já na cauda das férias, foi um casamento tradicional vietnamita. Na primeira manhã em Ho Chi Minh, as meninas dos vários grupos portugueses que se juntaram nesta cidade para o casamento, dirigiram-se à costureira para tirar medidas e escolher os tecidos para os vestidos típicos a usar na cerimónia no dia seguinte. A variedade de tecidos tornou a escolha difícil mas ainda assim cada uma saiu de lá contente com a escolha.

Bandeira Vietname
Aguardava-nos uma visita às redondezas durante o resto do dia. Começámos com uma visita à selva que foi palco da Guerra de Vietname, entre o Vietname do Sul (com apoio dos EUA) e o Vietname do Norte (com apoio da União Soviética). Os soldados do Vietname do Norte (especificamente os membros da Frente de Libertação Nacional, apelidados de “vietcongs”) usaram a selva para construir armadilhas mortais aos seus adversários. Construíram verdadeiras cidades subterrâneas na selva, onde viviam sem que os soldados americanos suspeitassem.
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A guerra do Vietname teve início em 1959 e só terminou a 30 de Abril de 1975 quando o Vietname do Norte invadiu e ocupou Saigão, a capital do Vietname do Sul, e se deu a rendição do exército sul-vietnamita. Cerca de um ano depois de terminar a guerra, foi proclamada a República Socialista do Vietname, em que Vietname do Norte e do Sul se uniram num só país.
Depois da visita à selva, regressámos a Ho Chi Minh. O trânsito no Vietname, e em especial nesta cidade, é uma coisa que merece ser apreciada. Existem milhares de motas a circular e tudo se faz transportar nas ditas. É comum vermos famílias de 3 pessoas na mesma mota. Se estivermos a passar junto a um cruzamento, vale a pena parar para ver como os condutores, seja de carros seja de motas, conseguem sempre passar, todos ao mesmo tempo, sem grandes regras, numa espécie de bailado motorizado.
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Em Ho Chi Minh visitámos o Museu da Guerra. Este museu mostra um pouco da história da Guerra do Vietname, por lá podem-se encontrar aviões, tanques de guerra, armamento, reportagens fotográficas e vídeos, grande parte das fotografias são de uma violência extrema, representam o verdadeiro horror da guerra.
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Depois do Museu passámos por uma fábrica de artesanato. Os desenhos coloridos que os vietnamitas fazem em pratos, vasos, quadros, e outros suportes, é feito, entre outras coisas, à base de casca de ovo, passa por várias fases no processo, até que a peça é envernizada com diversas camadas (cerca de 17) de modo a que não se sinta qualquer relevo na zona do desenho.
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No século XIX, o Vietname foi colonizado por França. Nessa época, foram construídos edifícios com traços que demarcam a passagem das “baguettes” pelo Vietname. Um desses edifícios é a Catedral de Notre-Dame, edificada no tempo do colonialismo, que se situa quase ao lado do emblemático edifício dos Correios de Ho Chi Minh.
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Ao fundo, no interior do edifício do Correio está bem visível a imagem de Ho Chi Minh,  o homem que lutou pela unificação do Vietname e acabou por dar o nome à antiga cidade de Saigão, capital do Vietname do Sul.
Vietname
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Este dia só podia terminar com um grande grupo de portugueses à mesa a aprender a comer comida vietnamita.
No dia seguinte ia-se dar o evento que nos fez vir ao Vietname, o casamento tradicional vietnamita.
Não sabíamos o que esperar de um casamento tradicional vietnamita, nunca nenhum português tinham assistido a nenhum, para nós era tudo novo. Apesar de os meninos irem de fato e gravata, as meninas vestiam o vestido tradicional vietnamita que tinham mandado fazer na véspera e que, surpreendentemente, ficaram prontos a tempo.
Como o grupo de portugueses era grande, deslocavamo-nos de autocarro. Seguimos para casa do noivo, uma vez que éramos convidados do noivo. Quando o avistámos à porta de casa a reacção foi uma gargalhada geral pois o fato tradicional do noivo é completamente diferente do que estamos habituados. O fato era azul, com calças e túnica e na cabeça usa um chapéu típico.
Em caravana deslocámo-nos para a casa da noiva onde já estava a família dela à nossa espera. O noivo chega acompanhado pelos “padrinhos”, todos vestidos de igual ao noivo, que trazem as oferendas para a cerimónia. Nisto, a noiva desce, no seu vestido tradicional vietnamita vermelho, com o chapéu característico, acompanhada pelo avô. Há uma espécie da entrega das famílias dos noivos um ao outro, numa cerimónia bonita. Há entrega de alianças, há discursos das famílias (em vietnamita, inglês e português), há a entrega das oferendas, há cumprimentos aos noivos, uma festa em família mas com tudo a que havia direito.
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A primeira parte da cerimónia terminou depois de um almoço volante em casa da noiva. Regressámos ao centro de Ho Chi Minh City com algum tempo livre à tarde. Aproveitámos, trocámos de roupa (o habitual calção e chinelo) e dirigimo-nos ao mercado da cidade, que ficava mesmo na rua que fazia esquina com o nosso hotel e conseguimos passar o resto da tarde a comprar souvenirs da nossa rápida passagem pelo Vietname.
A cerimónia continuou ao final da tarde no White Palace, um centro de convenções com salões próprios para este tipo de eventos. Na segunda parte do casamento, o noivo já envergava fato e gravata e a noiva um vestido branco. É nesta altura que os convidados se sentam em mesas redondas, vestidos à maneira ocidental, conversam, jantam, dançam e discursam, tudo isto no espaço de poucas horas.
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De seguida, abre-se o champagne e corta-se o bolo. Não se deixem enganar, faz apenas parte do cenário, o champagne é só para a  fotografia e para o espectáculo e o bolo é só para encenar o corte do bolo porque no fim de contas o bolo é de um material tipo borracha!
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A festa acabou cedo mas nem por isso se ficou por ali. Os portugueses acharam que aquilo não eram horas de acabar uma festa de casamento, pelo que seguiram todos, juntamente com os noivos, para um bar da moda em Ho Chi Mnh City (no hotel Hyatt) e foi aí que acabou a noite, mesmo antes de nos metermos todos nos táxis para regressar ao hotel.
No dia seguinte madrugámos, como foi habitual durante todos os dias das nossas férias, e seguimos de autocarro para uma estância em Phan Thiet para um churrasco em família com o recém-casado casal. É pena que só tenhamos lá ficado um dia, chegava a hora do regresso.
Vietname
Ficou a promessa de voltar ao Vietname para o conhecer melhor, estes três dias foram suficientes para despertar a curiosidade e a vontade de voltar.
Assim terminou uma viagem inesquecível pelo sudoeste asiático, com aventuras divertidas, paisagens de cortar a respiração e muitas histórias para contar e recordar.

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One thought to “Vietname (28 a 30 de Outubro)”

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